Mercado tecnológico passa por cortes nas big techs, mas continua promissor apesar da crise
O segmento de TI (Tecnologia da Informação) passou por cortes, mas a demanda por profissionais da área permanece alta. Pesquisa recente da plataforma de inteligência de vendas Cortex, feita a pedido da Forbes Brasil, indica haver cerca de 30 mil vagas abertas para os 25 cargos de tecnologia em alta em janeiro de 2023. Para efeito de comparação, no mesmo mês do ano passado haviam 24 mil, crescimento de 38%.
Mas nem sempre foi assim. Há aproximadamente um ano, esse mercado dava sinais de crise, piorada com as demissões em massa em empresas como Meta, que sozinha demitiu 11 mil pessoas; Amazon, Microsoft e Google, as chamadas big techs, companhias de grande porte com sucesso absoluto em seus segmentos, além de startups e também as unicórnios, companhias avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, que atingiram no total 97 mil trabalhadores.
A área de tecnologia da informação ainda se destaca como altamente promissora, porque oferece uma série de oportunidades em variados segmentos e nichos, como desenvolvimento de software, big data, segurança da informação e inteligência artificial. Ainda, a demanda por profissionais da área cresce a cada dia, devido à constante evolução e digitalização de diversos segmentos do mercado.
O crescimento ocorreu inclusive durante a pandemia, período no qual foi observado aumento do mercado tecnológico por causa da digitalização de vários setores da economia, como, por exemplo, a telemedicina, educação on-line, comércio eletrônico, trabalho remoto, entre outros. Essa junção de fatos contribuiu para maior desenvolvimento de tecnologias digitais.
E mesmo nos períodos de crise vivida nas últimas décadas, o mercado tecnológico sempre se mostrou resiliente, com crescimento constante. Entretanto, o momento atual faz parte de etapas de que contam com crescimento e também retração. E mesmo após etapas de evolução é comum que haja encolhimento, especialmente se as expectativas do mercado que motivaram os investimentos não se efetivarem, sendo este uma das razões para a crise atual.
Segundo dados divulgados em uma pesquisa da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e de Tecnologias Digitais), no Brasil haverá déficit de 800 mil profissionais de TI em 2025. Mesmo que as vagas no setor existam em grande quantidade, é necessário que haja atualização em relação às tendências e tecnologias emergentes por parte dos desenvolvedores.
É preciso investir visando as habilidades socioemocionais, como, por exemplo, trabalho em equipe, comunicação eficaz, resolução de problemas, além de estar abertos ao aprendizado contínuo e na busca por expandir os contatos, com objetivo de aumentar as chances de sucesso no setor. Nesse sentido, mesmo em momentos de menor crescimento geral, se o profissional tiver qualificação ainda é possível encontrar oportunidades em áreas específicas da tecnologia.
De acordo com o LinkedIn, as 25 profissões em alta neste ano no segmento de tecnologia são analista de privacidade, especialista em cibersegurança, especialista em captação de vendas, líder de gerentes de produto, representante de desenvolvimento de negócios, engenheiro de cibersegurança, diretor de receita, engenheiro de dados, analista de desenvolvimento de sistemas, pesquisador em UX (experiência do usuário), designer de conteúdo, engenheiro de qualidade de software, desenvolvedor de Chatbot, analista de marcas, engenheiro de confiabilidade de sites, desenvolvedor back-end, gerente de crescimento, executivo de contas de grandes contratos, gerente de sustentabilidade, especialista em CX (experiência do cliente), redator SEO, analista de CS (sucesso do cliente), coordenador de segurança da informação, redator com foco em UX (experiência do usuário) e analista de suporte de TI.
