Recurso visa projetos em áreas estratégicas para reindustrialização e superação dos desafios do País
O MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), por meio da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), anunciou na última semana a havia liberado até meados de abril a quantia de R$ 1,16 bilhão para operações de crédito. O recurso, que representa mais que o dobro do concedido no mesmo período do ano passado e três vezes mais que em 2021, visa o fomento a projetos tecnológicos e científicos.
De acordo com o comunicado no portal da pasta, do recurso total liberado, a maior parcela, que equivale a cerca de 90%, é oriunda do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O restante está espalhado entre recursos próprios e também do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações).
“O FNDCT é o principal instrumento público de financiamento da ciência brasileira e, através dele, mobilizaremos recursos para projetos estruturantes em áreas estratégicas para a reindustrialização e para a superação dos desafios do País”, disse ao portal Luciana Santos, ministra da pasta.
Segundo a Financiadora de Estudos e Projetos, o destaque vai para as operações descentralizadas, “que praticamente dobraram a média de desembolsos, passando para cerca de R$ 30 milhões por mês em 2023. As operações descentralizadas atendem demandas das empresas e instituições por meio de agentes financeiros credenciados que operam recursos concedidos pela Finep”, complementa.
Em 2014, durante o PSI (Programa de Sustentação do Investimento), no primeiro trimestre, a Finep atingiu o mais alto volume de desembolso. A alta nas operações de crédito da empresa é derivada, segundo Celso Pansera, presidente da companhia, de iniciativa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva de buscar integralmente verbas do FNDCT. “Também está ocorrendo um aumento na oferta dos recursos reembolsáveis do fundo. Com o descontingenciamento total, o sistema de ciência, tecnologia e inovação brasileiro poderá contar com R$ 10 bilhões para investimentos neste ano”, informa ele.
Já para Newton Hamatsu, superintendente da área de inovação da Finep, os resultados favoráveis deste ano são consequência de fatores como, por exemplo, a entrada em operação de novos agentes financeiros credenciados, novos produtos, como o Aquisição Inovadora e o Inovacred 4.0, “mas especialmente as novas condições de apoio atreladas à TR (Taxa Referencial)”. “Essas mudanças tornaram as taxas de juros na ponta mais baratas e previsíveis, além de serem de mais fácil entendimento pelas empresas e pelos próprios agentes financeiros, o que facilita o processo de captação das operações”, encerra o superintendente.