Em um ano no País, tecnologia de quinta geração já atingiu cerca de 10 milhões de usuários
A implantação da rede 5G, tecnologia de quinta geração para banda larga e redes móveis, completou um ano de operação no Brasil nesta quinta-feira (6). Nesse tempo, já atingiu 315 municípios, em todas as regiões do País, ultrapassando cerca de 10,1 milhões de usuários em maio deste ano, pouco mais de 11 meses após o início da operação, enquanto a anterior, a 4G, demorou 26 meses para atingir.
Os dados foram levantados pela Conexis Brasil Digital (Sindicato das Empresas de Telecomunicações e Conectividade), com base em informações da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), e foram divulgados nesta quarta-feira (5). “Isso mostra que pessoas estão mais ávidas e propensas a adotar a nova tecnologia do que estavam quando implantamos o 4G”, disse ao portal da Conexis Marcos Ferrari, presidente executivo da entidade.
E os números podem aumentar em breve, já que, de acordo com a Anatel, no total, 1.610 municípios já têm autorização para ativar o sinal 5G. A ativação, entretanto, depende das operadoras, que precisam instalar os equipamentos necessários e solicitarem à agência a ativação das antenas. Há no País 13.617 antenas da rede.
O Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na Faixa de 3.625 a 3.700 MHz), da Anatel, busca a liberação da ativação da rede 5G nas cidades que tenham população acima de 200 mil moradores e em 25% dos municípios com até 30 mil habitantes. De acordo com a agência, a previsão é a de que pelo menos até o último dia de 2025 o sinal comece a ser liberado às localidades com população abaixo de 30 mil pessoas.
Ainda segundo a Conexis Brasil, o 5G atende “muito além das obrigações previstas na primeira fase do edital do leilão”, que previa a obrigação da instalação da rede em todas as capitais brasileiras até setembro de 2022 com uma antena para cada grupo de 100 mil moradores.
A fase seguinte do leilão determina que a instalação da rede 5G ocorra até julho de 2025 em todos os municípios acima de 500 mil moradores, e até julho de 2026 em todas as localidades com mais de 200 mil habitantes. Atualmente, todas as cidades com mais de 500 pessoas já têm a rede 5G instalada ao menos por uma das operadoras.
Levantamento da Conecte 5G, projeto criado pelas prestadoras associadas à Conexis, mostra que, dos 155 municípios acima de 200 mil moradores, o que inclui as capitais, 50% deles, ou mais precisamente 77, têm leis que não favorecem ou não têm lei específica para a instalação das antenas. Ainda, 54 desses municípios contam com leis de antenas favoráveis para a expansão da rede 5G, enquanto outros 24 possuem lei específica, mas que ainda precisam de ajustes para ter maior aderência à LGA (Lei Geral de Antenas).
“Os dados mostram que as empresas têm trabalhado para avançar a conectividade, mas seguimos alertando para a necessidade de as cidades atualizarem suas leis municipais de antenas, adequando-as à Lei Geral de Antenas, para permitir um licenciamento mais rápido e simplificado”, encerra o presidente da Conexis.
A instalação da rede 5G, conforme o sindicato, exige a utilização de antenas pequenas, que não precisam de torres e podem ser instaladas em fachada de prédios e até em semáforos e postes de iluminação. Entretanto, por ter frequência mais alta e comprimento de onda menor, a rede exige a instalação de mais antenas que os outros tipos de sinais. O projeto Conecte 5G informa ainda que o avanço dessa tecnologia vai necessitar de cinco a dez vezes mais antenas que a rede anterior, a 4G.
